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terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Deus tem um livro de oração. Você o usa?

por Josh Blount
Orar é difícil. Não por causa de alguma coisa em Deus – como o puritano Matthew Henry observou, Deus está mais ansioso em ouvir nossas orações do que nós em fazê-las. Não, orar é difícil por nossa causa. A carne pecadora e a fraqueza humana batalham contra nossa capacidade de perseverar na oração. Os editores sabem disso. Procure por “oração” na Amazon.com e você vai encontrar livros suficientes para construir uma pequena mansão inteira com pilhas de livros de bolso no estilo “7 Passos para…”. Muitos deles são livros úteis (embora alguns deles não o sejam!). Mas não seria bom ter o livro definitivo sobre oração, um que incluísse tanto formas de orar quanto as palavras a orar, um que poderia ser usado em qualquer época da vida?
Na verdade, isso soa como os Salmos.
Os Salmos são o livro de oração e louvor da Bíblia. Quando lemos um salmo, estamos escutando uma conversa inspirada entre Deus e o seu povo. A conversa ocorre por vezes em momentos de puro deleite e outras vezes em temporadas de desespero esmagador. Às vezes é uma conversa privada: “Tem misericórdia de mim, SENHOR, porque sou fraco!” (Salmo 6.2). Em outros momentos, ouvimos as vozes de uma multidão feliz de adoradores: “Vinde, cantemos ao SENHOR; jubilemos a rocha da nossa salvação” (Salmo 95.1). Em certo sentido, os Salmos são a resposta mais abrangente de Deus para o pedido “Ensina-nos a orar”.

Até pouco tempo atrás eu não usava salmos regularmente na minha vida de oração. Nos últimos meses tenho incorporado os salmos ao meu dia a dia, e tem sido uma grande bênção para mim. Vou descrever a minha prática atual e algumas coisas que aprendi, mas com esta ressalva em primeiro lugar: eu não sou você! Eu fui vítima muitas vezes de seguir servilmente a mais recente sugestão devocional que li em algum blog como se alguém tivesse o melhor produto no mercado da oração. Não faça isso. As probabilidades são que, em poucos meses, a prática que descrevo agora terá mudado de alguma forma. Portanto, escolha o que pode ser útil, adapte para sua própria situação e descarte o resto. Bom, com isso fora do caminho, aqui está o que eu estou fazendo.
Há dois momentos no meu dia onde oro por meio de um salmo. O primeiro é após a minha leitura regular da Bíblia. Eu uso um plano de leitura da Bíblia e queria cumpri-lo, então eu adicionei a leitura de 10 a 12 versículos dos Salmos por vez. Às vezes eu leio mais, às vezes eu leio menos. Mas uma porção de um salmo é sempre parte da minha manhã. O outro momento é depois que termino cada dia de trabalho. Eu memorizei alguns dos salmos mais curtos e os oro ao Senhor enquanto volto dirigindo para casa. Enquanto tenho feito isso, aprendi algumas coisas que podem ser úteis, aqui vão elas.
  • Escolha salmos que refletem sua situação. A variedade de experiências de vida refletida em Salmos é incrível. Tire proveito disso. Se seu coração está alegre, ore um salmo que reflita sua alegria. Se você está lutando, dê voz a sua batalha com as palavras de um dos lamentos de Davi, como o Salmo 6 ou o Salmo 42. Os Salmos não falam em um tom monótono, uma única voz para todos. Nem nossas orações deveriam.
  • Personalize-os enquanto você ora a Deus. Você sabia que é bom reescrever as Escrituras? Não, eu não estou falando sobre sincronizar o Apocalipse com o calendário maia. Estou falando da aplicação personalizada. Isto é o que a Bíblia nos convida a fazer. Quando Davi ora “Bem-aventurados os retos em seus caminhos, que andam na lei do SENHOR” (Sl 119.1), podemos orar: “Senhor, ajuda-me a andar irrepreensivelmente hoje quando sou tentado. Dá-me a bem-aventurança dos que guardam os teus mandamentos”. O primeiro verso do Salmo 46: “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia” pode se tornar “Deus, tu és o meu refúgio, neste problema. Tu és minha força neste momento”. É assim que os Salmos são combustível para nossa vida de fé. Eles foram feitos para habitar onde você habita. Personalize-os.
  • Considere memorizar alguns salmos especiais. Você pode memorizar um capítulo inteiro da Bíblia. Comece com o Salmo 117, são apenas três versos! Há uma série de salmos que contém menos de dez versos. Escolha um que seja significativo para você e memorize-o. Escreva-o repetidamente. Coloque-o em um cartão e leve-o no bolso durante o dia. O trabalho de memorização exige que você medite nas Escrituras, e é apenas um passo de daí para uma conversa com Deus sobre isso.
Orar é difícil, mas os Salmos são uma das provisões de Deus para fortalecer nossa vida de oração. Vamos aprender a usar o livro de orações de Deus!
Traduzido por Josie Lima| Original aqui

Ocupado demais para orar?



 
por Rev. Valdeci da Silva Santos
 
Vive-se uma época frenética e não em uma era contemplativa. Há grande chance de acertar ao afirmar que tanto no trabalho quanto nos momentos de lazer nós nos apressamos, estressamos, desfocamos e nos consumimos. Quando surge uma pausa em nossas atividades, geralmente estacionamos diante da televisão, possivelmente conectada a um vídeo-cassete ou DVD, e simplesmente absorvemos o que nos é oferecido. O resultado é que raramente separamos tempo para pensar, meditar, inquirir, analisar, refletir e, especialmente, orar.

Lillian Guild (Ministry 1995: 28) conta uma história divertida de uma ocasião em que ela e seu esposo viajavam de carro pelas rodovias americanas. Em determinado momento encontraram um carro parado ao lado da estrada e ao seu lado havia uma pessoa bem vestida e com o semblante desorientado, desiludido e agitado. O casal Guild parou e ofereceu ajuda. A pessoa explicou que sabia, quando saiu de casa, que tinha pouco combustível, mas como estava com muita pressa para chegar a uma importante reunião de negócios, preferiu não gastar tempo abastecendo. A única coisa que o seu carro precisava era combustível. Lillian e seu esposo tinham um galão de combustível de reserva, o qual deveria ser suficiente para que o empresário chegasse ao próximo posto a poucos quilômetros adiante. Agradecendo profusamente a eles, o motorista saiu acelerando.

Ao seguir sua viagem em uma velocidade mais lenta, o casal Guild dirigiu outros vinte quilômetros e, surpreendentemente, encontrou novamente o mesmo carro parado ao lado da estrada. O motorista, não menos perturbado do que da primeira vez, e até mais agitado, ficou pateticamente agradecido quando eles pararam. A explicação para o fenômeno? Simples, o motorista estava tão apressado para chegar ao seu encontro de negócios que decidiu não parar no posto e continuou na sombria esperança de que o galão que havia recebido o levaria ao seu destino.

Parece difícil acreditar que alguém possa ser tão tolo até nos lembrarmos que esta é exatamente a maneira como muitos de nós agimos com relação à oração. Estamos tão ocupados correndo para o próximo item da agenda, que decidimos não parar para abastecer.

Certamente verbalizamos, do mais profundo do coração, a importância e a relevância da oração na vida cristã. Todavia, uma justificativa apresentada para a nossa negligência de uma vida sistemática de oração tem, em geral, uma agenda sobrecarregada que indica o próximo mês como a data mais provável para que a oração receba a devida atenção. Nos surpreendemos, porém, ao ler nas Escrituras que o próprio Jesus, a despeito de suas muitas atividades, não negligenciava a oração, mas retirava-se para lugares solitários a fim de orar. O reformador Lutero ecoou o ensino de Jesus de modo curioso: “Se estás muito ocupado para orar, certamente estás muito ocupado”! Algum assunto urgente e emergente dever estar roubando o lugar daquilo que é importante.


 

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

A historia de Zac Smith


 
1. Qual é o fim supremo e principal do homem?
Resposta. O fim supremo e principal do homem e glorificar a Deus e gozá-lo para sempre. (Catecismo Maior de Westminster)
1. Qual é o seu único fundamento, na vida e na morte?
O meu único fundamento é meu fiel Salvador Jesus Cristo. A Ele pertenço, em corpo e alma, na vida e na morte, e não pertenço a mim mesmo. Com seu precioso sangue Ele pagou por todos os meus pecados e me libertou de todo o domínio do diabo. Agora Ele me protege de tal maneira que, sem a vontade do meu Pai do céu, não perderei nem um fio de cabelo. Além disto, tudo coopera para o meu bem. Por isso, pelo Espírito Santo, Ele também me garante a vida eterna e me torna disposto a viver para Ele, daqui em diante, de todo o coração. (Catecismo de Heidelberg)


domingo, 16 de fevereiro de 2014

Inteligência Humilhada

 
por Jonas Madureira
 
 
 

 
 
 


domingo, 9 de fevereiro de 2014

Em que a ascensão de Cristo nos beneficia?

Por Kevin DeYoung
Primeiro, a ascensão de Cristo nos beneficia porque temos um Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo (1Jo 2.1). Nosso Senhor Jesus está no céu defendendo a nossa causa, para que sempre, seja do que for que Satanás nos acusar em nossa consciência ou se atrever a fazer acusação contra nós diante do Pai, Jesus Cristo, Filho de Deus e nosso advogado impecável, está pronto para defender e apresentar seu próprio sangue por nós. Pense sobre isso. Cristo é o nosso parceiro de oração no céu. Ele intercede por nós diante do trono (Rm 8.34). 
Segundo, a ascensão de Cristo nos beneficia porque agora temos a nossa própria carne no céu; nossa vida está escondida com Cristo que habita em glória acima (Cl 3.3-4). A carne de Cristo no céu é uma garantia de que a nossa vai estar lá também algum dia. A nossa esperança não é uma eternidade como alma desencarnada, mas um corpo humano material real, ressuscitado, na presença de Deus para sempre. O corpo de Cristo é o primeiro lá, mas não o ultimo. 
Terceiro, a ascensão de Cristo nos beneficia porque temos o Espírito Santo como um resultado. Como o próprio Jesus explicou aos seus discípulos: "Mas eu vos digo a verdade: convém-vos que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá para vós outros; se, porém, eu for, eu vo-lo enviarei (Jo 16.7). Isso não era um golpe no seu próprio ministério terreno, mas Jesus entendia que, como homem, ele estava limitado a um só lugar ao mesmo tempo. Porém, uma vez que subisse ao céu, ele poderia enviar outro Consolador (Jo 14.16) para nos dar poder do alto e estar conosco para sempre. 
Você pode não pensar sobre a ascensão de novo por algum tempo, então medite sobre esta doutrina comigo por mais dois minutos. Pense nas implicações da ascensão de Cristo. A ascensão significa que estamos no céu, neste momento. Por meio da união com Cristo, nós realmente não somos cidadãos deste mundo. Colossenses diz-nos para fixar a mente nas coisas lá de cima, porque nossa vida está escondida com Cristo, que habita lá (3.2-3). 
A ascensão de Cristo implica também que "pedir a Jesus que entre em seu coração" não significa convidar um amigo ou tipo de reconfortante de terapeuta para dentro de sua vida. Isso significa - se estamos usando frase não bíblica de uma maneira bíblica - que estamos expressando o nosso desejo de sermos um com o rei do universo. O Jesus que mora dentro de nosso coração está sentado, à direita de Deus Pai Todo-Poderoso. 
Mais surpreendente de tudo, a ascensão significa que Deus concedeu todo governo, poder, autoridade e domínio (Ef 1.21-22) a um homem. Talvez seja por isso que Tolkien fez tal afirmação em O Senhor dos Anéis para enfatizar que um homem se sentaria no trono de Gondor, e a raça dos homens reinaria mais uma vez. Jesus Cristo está exercendo o domínio que o homem foi feito para ter desde o início (Gn 1.28). Por causa da ascensão de Cristo, nós sabemos que a encarnação continua, a humanidade de Cristo vive no céu, o Espírito vive em nosso coração. e um ser humano divino e de carne governa o universo. 
Fonte: Trecho extraído do livro As Boas novas que quase esquecemos (p. 94)
Obs.: O título referido não é assim no livro. Tal título é retirado de uma palavra em que o autor do livro vai explicar sobre os benefícios da ascensão.

Os três benefícios que vivenciamos por meio da obra do Espírito Santo

Por Kevin DeYoung

O Espírito não opera para fazer cristãos anônimos que têm as bênçãos de Cristo dissociada da fé em Cristo. Os benefícios são nossos apenas pela fé. É pela confiança em Cristo, por descansarmos em Cristo e dependermos unicamente de Cristo que o Espírito Santo opera nós. 
O primeiro benefício é que partilhamos de Cristo e de todas as suas bênçãos. Certamente, se alguém é abençoado de Deus, é seu Filho. E pelo Espírito, nós também partilhamos agora de todas as suas bênçãos. Também somos contemplados com favor. Tudo o que Cristo realizou é nosso. Tudo o que ele ganhou é nosso. A herança prometida a Abraão é nossa (Gl 3.14). Tudo isso e muito mais, porque nós pertencemos a Cristo e as bênçãos de Cristo pertencem a nós mediante as ministrações do Espírito.

O segundo benefício é o consolo do Espírito Santo. A maioria de nós já ouviu que o Espírito Santo é um Consolador (Jo 14.16). Outras traduções trazem paracletos como um "Ajudante" (ESV). um "Conselheiro" (NVI), ou um"Advogado" (NRSV), mas a verdade ainda está lá: Deus consola o seu povo pelo o Espírito Santo. Isso acontece de várias maneiras. O Espírito Santo pode sobrenaturalmente fortalecer a sua alma e dar-lhe uma paz que ultrapassa o entendimento ou uma calma confiança no trabalho do Senhor (At 9.31). Ele também pode consolar você por meio de outros cristãos enquanto você compartilha da comunhão do Espírito Santo. Como o Espírito da verdade, ele, muitas vezes, fala com você por meio da Palavra de Deus, levando-o a toda a verdade (Jo 16.13), incentivando-o com as palavras da Escritura que ele inspirou e a gora ilumina. Ele pode levar você a se lembrar de uma preciosa verdade bíblica ou direcionar seus pensamentos para a obra consumada de Cristo ou fazer com que seus olhos vejam mais claramente a glória de Deus. 
O terceiro benefício é a presença do Espírito Santo para sempre. No céu, o Espírito continuará a nos ensinar mais sobre as riquezas inesgotáveis de Cristo. Ele continuará a ser o vinculo pessoal que une os crentes em comunhão. E ele continuará a ministrar para nós a presença de Deus Pai e Deus Filho, que juntamente com o Espírito Santo são o Deus triúno, bendito para sempre, amém. 
Fonte: Trecho extraído do livro As Boas novas que quase esquecemos (pags. 101,102

Fazer boas ações nos fazem merecedor do favor divino?

Por Kevin L. DeYoung
Por que fazer boas ações e negar a si mesmo se tais obras não podem fazer nada para merecer o favor divino, afinal?

Há três respostas a essa pergunta: fé, fruto e gratidão.
Primeira, a verdadeira fé funciona. Teria sido fácil para Abraão dizer que ele confiou em Deus quando o Senhor lhe disse para matar seu filho. Porém, não teria sido verdadeira a fé a menos que Abraão tivesse levantado a faca no ar e estivesse pronto para mergulhá-la em Isaque. A fé salvadora não é mero assentimento intelectual, mas uma firme confiança, desempenhada na vida real, de que as promessas de Deus são verdadeiras e as suas promessas não falham.
Segunda, uma árvore boa dá bons frutos. Se nós formos realmente regenerados pelo Espírito de Deus e recebemos nova vida espiritual, vamos mostrar os efeitos. Se vivermos habitualmente como pessoas egoístas, ignorando a Deus, apreciadoras do pecado, então não mudamos realmente, e não vivenciamos realmente a graça.
Finalmente, a graça não leva à licenciosidade porque a graça leva à gratidão. Se eu fosse chamado para jogar pelo Chicago White Fox, com a minha incapacidade de bater uma bola fora do marco, minha resposta não seria a preguiça, mas trabalho duro. Eu estaria tão atordoado pela indignidade absurda do chamado que, além de me sentir muito grato, estaria motivado a não decepcionar. A gratidão leva às boas obras.
Fonte: DEYOUNG, L. Kevin As Boas novas que [quase] esquecemos. p. 118. Ed. Cultura Cristã. São Paulo.

O que é a Igreja? Uma visão da teologia reformada


Por Rev. Augustus Nicodemus Lopes

A igreja de Deus existe e está presente no mundo. O Senhor Jesus falou dela, quando disse aos discípulos que “edificaria sua igreja” (Mt 16.13-20) e quando determinou que os discípulos faltosos fossem corrigidos pela “igreja” (Mt 18.17). Podemos definir a igreja de Cristo como sendo a comunhão de todos os que foram chamados por Deus, mediante a sua Palavra, e que pela ação do Espírito Santo recebem a Cristo como único Salvador e Senhor, que conhecem e adoram a Deus Pai, Filho e Espírito Santo, em verdade, e que participam pela fé dos benefícios gratuitos oferecidos por Cristo. 

A igreja é una, ou seja, só existe uma. Cristo sempre teve somente uma noiva: “Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela” (Ef 5.25). Ao mesmo tempo, ela é universal, está espalhada pelo mundo todo, e tem pessoas de todas as tribos, povos, e raças (Ap 7.9-10). Isto não quer dizer que a igreja de Cristo é do tamanho do mundo. Existe uma diferença radical entre a igreja e o mundo. A igreja está no mundo, mas não é dele. Jesus orou pela igreja mas não pelo mundo (Jo 17.9).

A igreja de Deus sempre existiu e sempre existirá. Deus sempre teve e terá um povo para Si, para o adorar em espírito e em verdade. A igreja de Deus, porém, atravessou duas fases históricas distintas. No período antes de Cristo ela estava grandemente resumida à nação de Israel, e funcionava com rituais, símbolos e ordenanças determinadas por Deus, como figuras e tipos de Cristo. Com a vinda de Cristo e do Espírito no dia de Pentecostes, estas cerimônias foram abolidas, e agora adoramos a Deus de forma mais simples. Porém, é a mesma igreja, o mesmo povo, no Antigo e no Novo Testamentos. Antes de Cristo, os crentes em Israel se salvaram pela fé no Messias que haveria de vir. Depois de Cristo, somos salvos pela fé no Messias que já veio. O autor de Hebreus inclui na mesma relação dos heróis da fé os crentes do Antigo e do Novo Testamento (veja especialmente Hb 11.39-40).

A igreja de Deus, mesmo sendo una e indivisível, existe agora em duas dimensões: (1) a igreja militante, composta dos crentes vivos neste mundo, que ainda estão lutando contra a carne, o pecado, o mundo e Satanás; e (2) a igreja triunfante, composta daqueles fiéis que, tendo vencido a luta, já partiram deste mundo, e hoje desfrutam do triunfo na presença de Deus (Hb12.22-23). Estas duas partes da igreja de Deus se unirão na Vinda do Senhor Jesus, quando houver a ressurreição dos mortos, e nosso encontro com o Senhor, para com Ele ficarmos para sempre, e com nossos irmãos de todas as épocas e de todas as partes do mundo (1Tess 4.16-18). 

A igreja militante se expressa aqui neste mundo por meio de igrejas locais. Paulo escreveu cartas a várias destas igrejas, como a de Corinto, Tessalônica, etc. (1Co 1.2; 1Ts 1.1). Igrejas locais são a organização dos crentes, ainda que informal, que se reúnem regularmente para cultuar a Deus, serem instruídos em Sua Palavra, se edificarem mutuamente e celebrar os sacramentos. As igrejas têm direção e liderança espiritual, promovem cultos de adoração, celebram os sacramentos, anunciam o Evangelho e praticam boas obras. Estas igrejas locais podem ter um aspecto estrutural e organizacional, mas jamais devem ser consideradas como um clube ou uma empresa, e nem os interesses organizacionais devem sobrepujar os interesses do Reino de Deus. 

Estas igrejas locais podem ser mais ou menos puras, dependendo de quão pura é a pregação do Evangelho que ocorre ali, a celebração correta dos sacramentos e o exercício da disciplina entre seus membros.


É tarefa de cada igreja particular reformar-se continuamente à luz da Palavra de Deus, procurando cada vez mais aproximar-se do ideal bíblico. São os princípios bíblicos que são imutáveis, não as formas organizacionais e externas. As igrejas locais devem zelar pela pureza da pregação, da celebração dos sacramentos e pela vida espiritual e moral daqueles que ali se congregam.

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Fonte: Rev. Augustus Nicodemus, via Facebook
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